'Esperamos que 2016 nos indenize'

Escrito por Jéssica Colaço - Repórter ,

Uma série de transformações - programadas e não programadas - desenharam os últimos 12 meses da rotina da designer de interiores Nara Lima, do marido e de seus dois filhos. O plano da casa própria acabou sendo substituído por um aluguel mais barato, as saídas no fim de semana deram lugar a atividades de lazer menos onerosas e toda oportunidade de renda extra foi abraçada pelo casal na tentativa de custear as despesas crescentes do ano que passou.

"Foi um ano extremamente difícil. A gente teve o mais importante, que foi saúde, mas esperamos que 2016 venha nos indenizar por 2015, que foi perturbador", define Nara.

A compra da casa, adianta a designer, já foi descartada para este ano, enquanto a reserva financeira mensal está difícil de ser levada adiante. Essa realidade, explica Nara, é ainda consequência das dificuldades enfrentadas em 2015. "Eu digo uma coisa com bastante propriedade, eu senti essa crise, sim, não foi marketing. A gente sentiu pesadamente. Antes, sobrava um pouquinho, mas agora é tudo no aperto", acrescenta, citando a conta de luz, a gasolina e o supermercado como as despesas que mais desequilibraram as finanças da família no ano.

O mês de novembro foi "bem típico", segundo a definição da designer, com as despesas dentro do previsto - ainda que em valores altos -, e a reserva de um valor a ser guardado na poupança adiado mais uma vez. Em dezembro, aumentaram as apresentações do projeto Voz e Violão, encabeçado por ela e o marido, e a renda extra serviu para contemplar despesas fora do orçamento habitual. "A gente conseguiu sanar essas contas por conta do dinheiro que entrou, mas só deu mesmo para pagar isso", reforça ela.

O equilíbrio tão almejado em 2016 depende, também, da estabilidade profissional de Nara, patamar que ela afirma ainda não ter alcançado. "O mercado deu uma retraída, a empresa que eu trabalho teve queda de 12% no faturamento anual, isso influencia um pouco. Para esse ano, eu espero um crescimento profissional, para ter uma estabilidade financeira", diz.

Diante de todos os desafios e manobras financeiras, Nara não perde, contudo, as esperanças de que 2016 seja um ano mais leve e que o esforço para pagar as contas não acabe encobrindo as pequenas felicidades que são vividas diariamente. Aplicando o famoso jeito brasileiro de se adaptar às mais diversas situações, ela garante que segue "dançando conforme a música". 

A agenda de Nara não possibilitou a gravação do vídeo com ela.

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