Eneva: plano para reduzir dívida

Escrito por Redação ,
Legenda: Em dezembro do ano passado, a empresa já havia informado que tinha vendido metade da usina termelétrica Pecém I por R$ 300 milhões

São Paulo. A Eneva, antiga MPX, apresentou ontem (12) seu plano de recuperação judicial à Justiça, no qual prevê redução de pelo menos 40% no total da dívida. O plano de recuperação da empresa aprovado pelo Conselho de Administração da empresa ainda prevê a realização de aumento de capital de até R$ 3 bilhões, ao preço de emissão de R$ 0,15 por ação.

Isso deve ocorrer por meio de capitalização de créditos detidos por credores quirografários, aporte de ativos por parte de acionistas, credores e investidores da companhia e contribuição em moeda corrente.

A empresa controlada pela alemã E.ON e pelo empresário Eike Batista prevê pagamento integral de até R$ 250 mil por credor quirografário, respeitando o valor do respectivo crédito. O pagamento seria feito em duas parcelas, sem correção monetária e juros. Para pagamento do saldo remanescente, acima dos R$ 250 mil, será dada prioridade aos credores que concederem maiores percentuais de desconto no crédito, segundo a empresa. "O saldo que ultrapassar esse valor será reduzido em, no mínimo, 30 por cento, podendo chegar a até 65%", informou a Eneva, em comunicado à imprensa.

A empresa, que atua em geração e comercialização de energia elétrica, possui também negócios na exploração e produção de gás natural.

Pecém I

Em dezembro de 2014, a empresa já havia informado que tinha vendido, por R$ 300 milhões, metade da usina termelétrica Pecém I para a EDP Energias do Brasil, que já possuía a outra parte do empreendimento. Na ocasião, a transação comercial foi justificada com base nas finanças da empresa e que os recursos obtidos com a venda seriam utilizados para o fortalecimento da posição de caixa da companhia.

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