Eneva consegue renegociar dívida

Escrito por Redação ,

Rio de Janeiro. A Eneva, ex-MPX, geradora de energia criada pelo empresário Eike Batista e hoje controlada pela alemã E.ON, conseguiu negociar com fornecedores um perdão temporário para pagamento de suas dívidas. A empresa está livre, até 21 de novembro, de pagar juros e amortizações de financiamentos obtidos com instituições financeiras que vencerem no período. O comunicado que a empresa enviou ao mercado informa que a medida está em vigor desde 26 de setembro e que o objetivo é a "preservação de caixa da Eneva e suas controladas, bem como possibilita dar sequência ao plano de estabilização da companhia".

Entre os credores que concordaram em suspender temporariamente a cobrança estão o BNDES, o banco BTG Pactual, o Citibank, o HSBC Bank Brasil e o Itaú Unibanco. No mesmo dia em que deram o alívio, liberaram um empréstimo de R$ 300 milhões à companhia.

A Eneva recebeu, ao longo do ano, aportes totais de R$ 882,7 milhões, dos quais R$ 528 milhões dos alemães, conforme previsto no plano de reestruturação de dívida lançado em maio passado. A primeira etapa previa um aumento de capital de até R$ 316 milhões, sendo que a E.ON aportaria R$ 120 milhões. Esta etapa, concluída em outubro, resultou em uma captação menor do que o previsto, de R$ 174,7 milhões. A E.ON participou com os R$ 120 milhões previstos.

Será realizado um novo aumento de capital, em data ainda não definida, no valor de até R$ 1,33 bilhões. Outros R$ 408 milhões entraram no caixa com a compra, pela E.ON, de 50% da usina de Pecém 2.

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