Dólar vai a R$ 3,14; Bolsa tem 3ª queda

Escrito por Redação ,
Legenda: Dólar comercial reverteu o movimento de queda ao apontar uma leve alta de 0,34% no pregão dessa sexta-feira (21)
Foto: Foto: Reuters

São Paulo. Um cenário de maior aversão a ativos de riscos e a queda de mais de 2% das ações da Petrobras pesaram sobre a Bolsa brasileira nessa sexta-feira (21). No mercado cambial, o dólar comercial voltou ao patamar de R$ 3,14, após cinco baixas consecutivas.

O aumento da percepção de risco fez investidores correrem para o dólar, considerado um ativo seguro. O dólar comercial encerrou o dia com valorização de 0,47%, para R$ 3,143, quebrando uma série de cinco depreciações. Na semana, a queda acumulada foi de 1,35%.

O dólar à vista, que fecha mais cedo, teve queda de 0,12%, para R$ 3,129. Na semana, a desvalorização somou 1,74%.

A moeda americana subiu depois de uma semana com forte fluxo de entrada de dólares pela oferta inicial de ações do Carrefour Brasil, que movimentou R$ 5,125 bilhões. A perspectiva de novos IPOs na Bolsa brasileira também colabora para o maior ingresso de recursos.

No exterior, o dólar ganhou força ante 17 das 31 principais divisas mundiais. O Banco Central deu sequência a sua atuação no mercado brasileiro e vendeu a oferta de 8.300 contratos de swaps cambiais tradicionais (equivalentes à venda de dólares no mercado futuro). Assim, já rolou US$ 4,150 bilhões dos US$ 6,181 bilhões que vencem em agosto. O aumento da percepção global de risco não alterou o CDS (Credit Default Swap, espécie de seguro contra calote) do Brasil, que fechou estável a 211,26 pontos.

Ibovespa

O Ibovespa, índice que reúne as ações mais negociadas do mercado brasileiro, fechou o dia com queda de 0,39%, para 64.684 pontos. Foi a terceira baixa seguida. Na semana, a Bolsa acumulou desvalorização de 1,15%, mas no mês o saldo ainda é positivo: alta de 2,84%.

O mau humor no exterior contagiou o mercado acionário brasileiro. Nos Estados Unidos e na Europa, os principais índices fecharam no vermelho, com resultados corporativos ruins pesando nos mercados.

Aqui, a falta de notícias no cenário político e o período de férias dos investidores no Hemisfério Norte reduziram novamente os volumes negociados. Sem Brasília para movimentar o mercado, os investidores se ativeram a dados corporativos e ao mercado de commodities. Os papéis da Petrobras, por exemplo, recuaram mais de 2% afetados pela desvalorização do petróleo no exterior. O aumento de impostos cobrados sobre combustíveis também contribuiu para a queda das ações, pela percepção de que a gasolina perde competitividade em relação ao etanol.

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