Dólar beneficia setor de joias

Herdadas de família, escolhidas para presentear em uma data especial ou item que transmite a sofisticação de quem as utiliza, as joias representam, sobretudo, uma das facetas do luxo. No Ceará, esse nicho reluzente, que já tem um público consolidado, segundo os empresários do ramo, tem sido beneficiado pela alta do dólar, principalmente no que diz respeito às marcas estrangeiras.

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"Com essa alta do dólar, que viaja para o exterior, diminui os gastos por lá, e os produtos que eram comprados fora e são oferecidos também no Brasil passam a ser comprados aqui, devido às facilidades de pagamento, com cartão de crédito e parcelamento", atesta a franqueada da Swarovski em Fortaleza, Glícia Gentil. Esse efeito, acrescenta, beneficia não só o setor de joias, mas as grifes internacionais como um todo que atuam no País.

Com uma loja no shopping Iguatemi e outra no RioMar, Glícia comemora a boa difusão da marca entre o público alvo da Swarovski. "O segmento de joalheria é o terceiro mais lembrado pelo consumidor de luxo, e como temos um produto de uma marca reconhecida, isso nos garante comemorar percentuais melhores de crescimento", explica a franqueada. Assim como em outros segmentos, o potencial da região Nordeste para ampliar o consumo de joias nos próximos anos anima os investidores da área, garante Glícia.

Expansão do público

Nas joalherias locais, são as peças fabricadas com pedras naturais que atraem os olhares do público classe A. "Foi assim que nós começamos, há 13 anos, e essa é a nossa marca registrada", afirma a analista de marketing da Sandra Pinheiro Joias, Rebeca Monteiro. As joias com diamantes, ouro branco e ouro amarelo também são bastante procuradas por esse perfil de consumidor, diz Rebeca.

A marca explora, agora, outros públicos, a partir da fabricação de semijoias, mas sem esquecer da exclusividade associada aos produtos que têm o seu selo. "É um público mais jovem, das classes B e C, mas também mantemos o nosso padrão A". (JC)