Divulgação para alavancar turismo

Escrito por Redação ,
Legenda: Segundo o presidente da ABIH, Manoel Linhares, é preciso aumentar a promoção do País
Foto: FOTO: THIAGO GADELHA

A queda do valor investido pelo governo para o desenvolvimento do setor de turismo no País nos últimos anos tem dificultado a expansão do setor. Comparado a outros destinos na América do Sul, o Brasil ainda recebe uma quantidade pequena de turistas estrangeiros - são cerca de 6,6 milhões por ano, enquanto a Argentina, que tem dimensão bem menor que o Brasil, recebe 6,7 milhões.

> Setor produtivo e especialistas listam medidas para Brasil crescer 
> Setor agropecuário propõe 'seguro-seca' 
> Construção: mais segurança jurídica
> Varejo quer mais crédito e redução de impostos 
> Contas: equilíbrio é desafio em 2019
> CE precisa de novos atrativos para investimento industrial

Para reverter esse cenário, o presidente da Associação Brasileira da Indústria de Hotéis (ABIH), Manoel Linhares, destaca ser necessário uma frente diversificada de trabalhos, com o aumento de investimento na promoção do País mundo afora. "Enquanto o Brasil investe cerca de US$ 17 milhões em divulgação, na Argentina são US$ 80 milhões, no Uruguai, US$ 60 milhões - esse tem uma população de 3 milhões e recebe 4 milhões de turistas no ano".

O Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade (Cetur), que reúne associações de diversos segmentos ligados ao setor, entregou um documento com as propostas da cadeia produtiva turística a candidatos à presidência do País. O relatório lista cinco pilares para o desenvolvimento do setor no Brasil: infraestrutura, promoção, segurança jurídica, competitividade e gestão e monitoramento.

Demandas

Entre as propostas de infraestrutura, está a criação de programas para a preservação e valorização do patrimônio natural e cultural do País; a garantia de maior eficiência do setor de transportes; a interlocução com as políticas de segurança pública e sanitária; a criação de Selo de Segurança de Destinos Turísticos; a implementação do programa de aviação regional e a criação de uma política nacional de sinalização turística.

O setor também sugere ao próximo presidente que estimule e promova o turismo interno; fortaleça a marca Brasil e desenvolva estratégia para captação de turistas estrangeiros; transforme a Empresa Brasileira de Turismo (Embratur) em agência de promoção internacional e crie políticas de vantagens e fidelização (tipo "Brazil Air Pass"), que barateiem trechos aéreos e prolonguem a permanência de turistas estrangeiros no País, entre outras.

IRPF

No que diz respeito à segurança jurídica, o setor reivindica o impedimento do retorno da incidência do Imposto de Renda Retido na Fonte (IRRF) das empresas de turismo quando realizam remessas para pagamentos de serviços no exterior e a implementação de política de crédito que considere a exportação de serviços turísticos como setor essencial da exportação, inclusive com acesso a um fundo garantidor para empréstimos.

Visto

Eles também cobram a ampliação da flexibilização de vistos, a criação de incentivos para empresas do turismo, a promoção do alinhamento do ambiente regulatório do setor aéreo brasileiro ao internacional, a regulamentação do uso de plataformas digitais na comercialização de serviços e produtos de turismo, o apoio à implementação da lei de Áreas de Interesse Turístico e à aprovação da criação de cassinos em áreas especiais.

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.