Dívida ultrapassa R$ 3 tri pela 1ª vez

Escrito por Redação ,

Brasília. A Dívida Pública Federal, que inclui o endividamento interno e externo, teve aumento de 3,1%, em termos nominais, passando de R$ 2,955 trilhões em agosto para R$ 3,047 trilhões em setembro. Os dados foram divulgados ontem (25) pelo Tesouro Nacional.

A variação do endividamento do Tesouro pode ocorrer por meio da oferta de títulos públicos em leilões, pela internet (Tesouro Direto) ou pela emissão direta. A variação pode ocorrer também pela assinatura de contratos de empréstimo. Nesse caso, o Tesouro toma empréstimo de uma instituição financeira ou de um banco de fomento, destinado a financiar o desenvolvimento de uma determinada região. Já a redução do endividamento se dá, por exemplo, pelo resgate de títulos.

A Dívida Pública Mobiliária Federal interna, em circulação no mercado nacional, teve seu estoque ampliado em 3,21%, ao passar de R$ 2,830 trilhões para R$ 2,920 trilhões devido ao resgate líquido, no valor de R$ 62,12 bilhões, compensado parcialmente pela apropriação positiva de juros, no valor de R$ 28,59 bilhões. Com relação ao estoque da Dívida Pública Federal externa, houve aumento de 0,81% sobre o estoque apurado em agosto, encerrando setembro em R$ 126 bilhões (US$ 38,82 bilhões), sendo R$ 115,5 bilhões (US$ 35,59 bilhões) referentes à dívida mobiliária (títulos) e R$ 10,5 bilhões (US$ 3,24 bilhões) à dívida contratual.

De acordo com o Plano Anual de Financiamento (PAF), o governo estima que a Dívida Pública Federal, em 2016, fique entre R$ 3,1 trilhões e R$ 3,3 trilhões.

Estimativa melhorada

O corte nos juros básicos da economia fez o Tesouro Nacional melhorar as estimativas de composição da dívida pública para 2016. Segundo a revisão do PAF, as projeções para a participação dos títulos prefixados (com juros definidos com antecedência) aumentou e a fatia dos papéis vinculados à taxa Selic prevista para este ano caiu.

Conforme as novas estimativas, a participação de papéis prefixados na Dívida Pública Federal encerrará o ano entre 33% e 37%. No PAF do início do ano, o intervalo estava entre 31% e 35%. Os limites para os papéis corrigidos pela Selic, que estavam fixados entre 30% e 34%, ficarão entre 27% e 31%.

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