Desocupados no CE eram 340 mil no 4º trimestre de 2015

Escrito por Redação ,
Legenda: O maior número de desocupados foi registrado um trimestre antes, entre julho e setembro de 2015, quando o indicador chegou a 9,5%
Foto: Foto: Marília Camelo

Fortaleza/Rio. A taxa de desocupação no Ceará no quatro trimestre de 2015 foi de 9%, segundo divulgou ontem a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua). O percentual representa, dentro do universo de 3,779 milhões de desocupados - considerando a idade mínima de 14 anos inseridas na força de trabalho - um total de 340.110 pessoas desocupadas no Estado.

> Sine/IDT aponta o mapa do emprego no Estado

A marca ainda esteve perto de ser a maior vista no Ceará em 2015, conforme atestou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Mas o maior número de desocupados foi registrado um trimestre antes, entre julho e setembro, quando o indicador chegou a 9,5%.

Já o período no qual os cearenses estiveram com o menor índice de desocupação foi entre janeiro e março do ano passado, quando a marca foi de 8%. Nos últimos quatro anos, a PNAD Contínua apontou o último trimestre de 2014 como o de menor índice de desocupados ao registrar 6,6% para o indicador.

Indicadores nacionais

A taxa de desocupação no Brasil também ficou em 9% no quarto trimestre de 2015, de acordo com dados da Pnad Contínua. Foi a mais alta taxa registrada na série histórica da pesquisa, iniciada no primeiro trimestre de 2012. No quarto trimestre de 2014, a taxa de desemprego medida estava em 6,5%.

No ano, a taxa de desemprego média foi de 8,5%, ante um resultado de 6,8% registrado em 2014. A renda média real do trabalhador foi de R$ 1.913 no quarto trimestre de 2015. Na comparação com o terceiro trimestre do ano passado, houve recuo de 1,1%. O resultado representa ainda queda de 2,0% em relação ao mesmo trimestre de 2014.

A massa de renda real habitual paga aos ocupados somou R$ 171,5 bilhões no quarto trimestre de 2015, queda de 0,6% ante o terceiro trimestre e recuo de 2,4% em relação ao mesmo período do ano anterior. Desde janeiro de 2014, o IBGE passou a divulgar a taxa de desocupação em bases trimestrais para todo o território nacional.

Corte de carteira assinada

A Pnad ainda apontou que o mercado de trabalho eliminou 1,1 milhão de vagas formais no período de um ano. A queda no total de pessoas ocupadas com carteira assinada no setor privado foi de 3% no quarto trimestre de 2015 em relação ao mesmo período do ano anterior. A perda da carteira assinada estimula a população que está fora da força de trabalho a procurar emprego para complementar a renda familiar, explicou Cimar Azeredo, coordenador de Trabalho e Rendimento do IBGE.

O coordenador lembra que o total de pessoas procurando emprego cresceu em 2,635 milhões de indivíduos em um ano, enquanto apenas 600 mil vagas foram eliminadas no período.

Os destaques das últimas 24h resumidos em até 8 minutos de leitura.