Desenvolver fornecedores é o novo objetivo da empresa

Escrito por Armando de Oliveira Lima - Repórter ,

A conquista do índice mínimo de nacionalização dos componentes (60%) exigido pelo BNDES para conceder financiamento não deve parar as ações da Vestas, que visa montar uma cadeia mais fisicamente próxima dela aqui no Ceará, como afirma o presidente Rogério Zampronha, agora que a unidade fabril foi concluída. A meta também faz parte dos interesses do governo estadual e de representantes da iniciativa privada.

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"A gente precisa completar a cadeia produtiva eólica. Iniciamos o procedimento para trazer fornecedores aqui, do próprio Estado, com sindicato da indústria metalmecância e a Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec) e vamos atrair outras empresas que a gente não conseguir formar por aqui", afirmou a secretária de Desenvolvimento Econômico do Estado, Nicolle Barbosa, ao relembrar palavras do governador, que aponta o funcionamento da CSP como um acontecimento impulsionador dessa cadeia. "As indústrias satélites precisam começar a conhecer a Vestas e a Vestas, começar a se mostrar", indica o presidente da Fiec, Beto Studart.

Proteção contra o câmbio

Já Zampronha afirma que as conversas foram iniciadas, tanto com empresários locais como com internacionais. "O nosso objetivo é trazer mais empresas para chegar mais próximo de ter os componentes 100% (nacionalizados) para ter menor exposição ao câmbio", afirma, apontando "uma produção estável e alinhada com projetos de longo prazo" como efeitos desta estratégia.

Planos em estudo

Também presente à inauguração da indústria de aerogeradores em Aquiraz, o secretário de Infraestrutura do Estado, André Facó, contou de um plano que visa compilar ações e potencialidades do Ceará com foco nas energias renováveis, o qual deve ser apresentado em abril.

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