Corretores: NE é porta promissora no setor

No dia 15 de setembro, Fortaleza receberá o Congresso Internacional do Mercado Imobiliário, no Centro de Eventos

Escrito por Redação ,
Legenda: Além da facilidade de recursos para financiamento, o déficit habitacional, ainda existente em todas as regiões do País, também é apontado como um dos fatores que impulsionam o otimismo do mercado
Foto: FOTO: NATINHO RODRIGUES

As atuais especulações e críticas sobre o futuro econômico do Brasil não fazem parte das preocupações do mercado imobiliário para os próximos anos, segundo análise do presidente do Sistema dos Conselhos Federais e Regionais de Corretores de Imóveis (Cofeci-Creci), João Teodoro, o qual acredita ainda ter no Nordeste uma porta de oportunidades maior para o setor da construção devido aos investimentos pesados em habitação e infraestrutura já realizados e os que ainda estão por vir.

Ele observa que, no passado, o medo de que os recursos empregados por projetos vultosos fossem realmente aplicados em alguns estados nordestinos já não existe mais e ressalta que "existem elementos consistentes de que a economia (na região) vai bem". "Está atrasado em alguns aspectos é um fator positivo porque podemos crescer mais nos próximos anos", afirmou, relembrando a terceira fase do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

Com data marcada para vir a Fortaleza - dia 15 de setembro, durante o Congresso Internacional do Mercado Imobiliário, a ser realizado no Centro de Eventos do Ceará -, ele argumenta que, "depois de uma euforia até 2011, parte do setor (no País) está meio desanimada, mas que não há razão para isso acontecer pois o mercado está voltando à normalidade e o setor é muito promissor".

Durante o evento, quando ocorrerá também a Convenção Nacional do Sistema Cofeci-Creci, representantes do setor debaterão a projeção do mercado imobiliário para o futuro com base em dados do relatório Estados das Cidades da América Latina e do Caribe 2012.

O futuro que deve ser de desenvolvimento, segundo Teodoro. E o primeiro fator que o presidente do Sistema Cofeci-Creci disse tê-lo feito continuar otimista para os próximos anos diz respeito aos financiamentos disponíveis atualmente. De acordo com ele, "não há risco de desabastecimento de recursos, seja pelo 'Minha Casa', seja pelo FGTS ou pela caderneta de poupança". "Não temos expectativa imediatas para desacelerar os investimentos e isso acontece porque o governo percebeu o quanto o mercado imobiliário é importante para a economia do País", destacou Teodoro, mencionando a representação de 18% do setor dentro do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro.

Necessidade habitacional

Outro fator relevante para impulsionar o otimismo do mercado imobiliário na análise de Teodoro corresponde ao ainda latente déficit habitacional, presente em todas as regiões do País. "Apesar de todo o incentivo dos últimos anos, ainda temos uma necessidade habitacional de 7 milhões no Brasil e isso é indiscutivelmente positivo", argumenta.

O estímulo à compra da casa própria pelo governo a partir da criação de mais oportunidades ou melhores condições de tomadas de crédito contribuíram para impulsionar o setor imobiliário e mantê-lo forte, pois a falta de pagamento vista nos últimos anos é das menores da história.

"Isso é muito relevante. A baixa inadimplência nos financiamentos pelo FGTS, poupança ou nas faixas acima dos três salários mínimos que tomam dinheiro pelo 'Minha Casa' não chega a 2%, o que, economicamente, considera-se quase adimplência", reforça.

Segundo Teodoro, as maiores taxas de inadimplência no setor encontram-se nas faixas de zero a três salários mínimos que recorrem ao MCMV e estes "são justamente as pessoas que são subsidiadas pelo governo federal". O indicador, conforme contou, chega a 18%.

Mais informações
Congresso Internacional do Mercado Imobiliário, de 15 e 17 de setembro, no Centro de Eventos

Armando de Oliveira Lima
Repórter

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