Comércio e indústria sinalizam cooperação

Lideranças dos 2 setores reiteram a importância das relações para o crescimento da economia cearense

Escrito por Redação ,
Legenda: O presidente eleito da CDL, Severino Neto; o presidente do CIC, José Dias; e o atual dirigente da CDL, Freitas Cordeiro, se reuniram na sede do Centro Industrial

Em evento realizado na manhã de ontem na sede do Centro Industrial do Ceará (CIC), lideranças da Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL) apresentaram aos industriais um panorama das atividades comerciais no Ceará, bem como reforçaram a necessidade de uma maior cooperação entre comércio e indústria.

O presidente da CDL Fortaleza, Freitas Cordeiro, destacou que o comércio sempre fez parte da cadeia produtiva, ainda que poucas vezes tenha sido visto como tal. Ele ressaltou a importância da articulação que o setor promove com os consumidores e disse ainda que a grande maioria da indústria tem o comércio como seu aliado.

"Esse é um momento muito rico para todos nós, porque o comércio, até um tempo atrás, era visto apenas como um intermediador que encarecia o preço do produto. Mas o comércio é um elo importante da cadeia produtiva, que a indústria e o governo não enxergavam, mas isso está mudando. Hoje a indústria já nos recebe e nos escuta, como aconteceu neste momento", pontuou Freitas Cordeiro.

O presidente da CDL colocou ainda o diálogo entre o comércio e a indústria como ponto essencial para o desenvolvimento saudável da economia local. "É da sensibilidade do setor comercial em relação ao consumidor que as indústrias recebem um feedback sobre os produtos e pode, dessa forma, aprimorá-los. O comércio tem que ser visto dessa maneira, com o setor industrial nos chamando para discutir conosco e construir soluções em conjunto", reiterou.

Unificação

O empresário Severino Neto, que assumirá a presidência da CDL Fortaleza a partir de janeiro, também opinou sobre as relações entre os dois setores. "Não existe indústria sem comércio, nem comércio sem indústria. É exatamente partindo desse princípio que procuramos unificar forças. Estamos tentando mostrar que o mercado cearense é forte, temos vários exemplos daqui que conquistaram a liderança nacional, como água, café e alimentos. A indústria já fez um grande trabalho aqui e temos grandes parceiros que atuam com a gente no comércio. Confirmamos que o mercado local é sustentável e o recado que a gente quis trazer para a indústria cearense é para que haja mais pessoas propícias a fornecer para nós", disse.

Para o presidente do CIC, José Dias de Vasconcelos Filho, a união entre os setores da indústria e do comércio proporciona benefícios para ambos os setores. "É uma política nova, do novo momento que a gente está passando, de aproximação. O que estamos fazendo é trazer para perto o varejo, o atacado, a indústria e os distribuidores, pois todos só têm a ganhar. O Ceará hoje é um estado que tem uma participação industrial muito forte, mas que talvez precise um pouco mais de sensibilidade do varejo e do atacado em adquirir e trabalhar com a nossa linha de produtos", comenta.

CDL prepara missão à Ásia

A Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza (CDL) já começa a se preparar para viajar, mais uma vez, à China, em ocasião da Canton Fair, na cidade de Guangzhou, considerada a maior feira multissetorial do mundo, que já acontece há 57 anos. De acordo com Freitas Cordeiro, presidente da CDL, na próxima terça-feira o órgão realizará um café da manhã de lançamento da excursão. "A gente ainda nem lançou a proposta desse ano, mas já estamos com 25 empresas que não foram na edição deste ano e já estão interessados. Da última vez levamos 73 representantes do comércio local, mas queremos estabelecer um limite de 60 pessoas, para que a comitiva não fique muito grande", diz.

Freitas Cordeiro aponta a importância da feira, que reúne mais de 55 mil expositores, onde os empresários conseguem negociar produtos coletivamente, realizando acordos mais vantajosos. Os planos para ano que vem incluem ainda expandir as áreas para novos negócios.

"Da China, seguimos para Cingapura e, em seguida, para Tóquio, capital do Japão. São mercados já constituídos há muito tempo e que podemos aproveitar. Com certeza será muito produtivo para todos", relata.

Ranniery Melo
Repórter

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