Com reformas, PIB pode chegar a 4% em quatro anos

Escrito por Redação ,
Legenda: O ministro da Fazenda destacou que algumas reformas já foram aprovadas, como a mudança na taxa de longo prazo para o BNDES
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Washington (EUA). Em um seminário a investidores em Washington, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse ontem (12) que o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil pode chegar a 4% "em três, quatro anos" se reformas macroeconômicas, como a da Previdência e a tributária, forem aprovadas. "Esperamos que o PIB potencial possa chegar a 4% com reformas, o que é bem viável", afirmou, a um público de cerca de 50 pessoas, no seminário do Instituto de Finanças Internacionais.

A última previsão do Banco Central para 2018 é de crescimento de 2,4%. O Fundo Monetário Internacional (FMI) se mostrou bem menos otimista em relação à expansão da economia, em sua projeção divulgada na última terça: 1,5% para o próximo ano. A reticência do FMI sobre a previsão de 2018 tem por base "a fraqueza contínua no investimento e o aumento da incerteza política e de políticas".

Meirelles havia afirmado na última quarta-feira que acha um "bom número" para 2018 o crescimento de 3%, estimado por "muitos analistas" no mercado. Aos investidores, ele repetiu esse número ontem. "O nosso cenário base, que ainda está no orçamento, é um crescimento de 2% em 2018, mas já existem diversos analistas e economistas com previsões de crescimento maiores, até de 3% ou mais no ano que vem. Eu chamaria de um cenário otimista, mas é um cenário possível", disse.

Aos jornalistas, depois o ministro afirmou ser possível chegar ao índice de 4% com reformas macro e microeconômicas. "Isso evidentemente depende de aprovação não só das reformas macroeconômicas, por exemplo a reforma da previdência e a tributária, mas também de toda uma série de reformas microeconômicas", disse. "Algumas delas já foram aprovadas, como, por exemplo, a taxa de longo prazo para o BNDES".

Direção

Segundo o ministro, o País está "indo nessa direção" dos 4%. "A inflação nos últimos 12 meses está nos índices mais baixos da história recente, de 2,5%, e a taxa de juros real sobre a inflação de um ano também está nos níveis mais baixos da história.

Ao ser questionado sobre qual seria o risco da economia global hoje, Meirelles disse que um atraso do Fed (banco central americano) e do Banco Central europeu na normalização das políticas monetárias poderia levar a uma bolha nos mercados de ativo internacional, cujo rompimento poderia gerar uma crise.

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