Chance de pobre ascender é menor

Escrito por Redação ,

São Paulo. Brasileiros com origem no topo da pirâmide social têm quase 14 vezes mais chance de continuarem nesse estrato do que pessoas nascidas na base ascenderem para essa posição, segundo a pesquisa Síntese dos Indicadores Sociais, divulgada pelo IBGE nessa sexta-feira (15).

Assim, embora metade da população consiga melhorar de vida em relação aos seus pais em termos de ocupação, essa mobilidade se concentra entre os estratos mais baixos da classificação do IBGE - filhos de agricultores que ascendem para posições envolvendo trabalho manual, por exemplo, ou filhas de trabalhadores rurais que se tornam empregadas domésticas, de acordo com o instituto.

Já a chamada mobilidade de longa distância (quando pessoas com origem nos estratos mais baixos ascendem para o topo) é pequena. Por outro lado, apenas 16,9% dos brasileiros acabam migrando ao longo da vida para uma posição pior do que a de origem. Um terço permanecem na mesma posição.

A pesquisa, com base em dados de 2014, divide o mercado de trabalho em seis estratos - A, B, C, D, E e F& -, segundo o tipo de ocupação e o rendimento médio. Entre quem ascendeu para um estrato melhor, a grande maioria - 49,1%- foi para os estratos D ou E. Como esse avanço é pequeno e concentrado na base da pirâmide social, o IBGE o classifica como "mobilidade de curta distância".

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