Cenário favorece aplicação na Bolsa

Escrito por Redação ,
Legenda: Juros baixos, inflação menor e crescimento do PIB ajudam a elevar as vendas, refletindo na valorização das empresas que estão na Bolsa

Para aqueles que têm disposição de correr mais risco suportando volatilidades diárias e pensam em obter retornos no longo prazo, o mercado de renda variável pode oferecer boas opções especialmente no momento de redução da Selic. Como o investimento em ações, na prática, é o investimento em empresas, a queda da taxa de juros tende a fortalecer tanto o mercado consumidor, aumentando a demanda pelos produtos que elas produzem, como facilita o acesso a crédito por essas companhias, impulsionando seus investimentos e fazendo-as crescer.

Além disso, o País passa por um momento de retomada do crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), queda da inflação, redução das taxas de desemprego e aumento do investimento estrangeiro. Segundo o último Boletim Focus, do Banco Central, de 27 de outubro, a expectativa é que o PIB cresça 0,73% neste ano e 2,50% em 2018. E a inflação (IPCA) deve fechar o ano em 3,08% neste ano e em 4,02% em 2018, mantendo a projeção para a Selic em 7% até o fim do próximo ano.

Embora, no curto prazo, o preço das ações listadas em Bolsa possam sofrer diariamente com a influência de fatores alheios à sua área de atuação, como crises externas ou fatores políticos internos, no longo prazo, a tendência é que boas empresas bem administradas ofereçam rendimentos bem acima da média dos investimentos de renda fixa.

Valorização

"As empresas sofreram muito com a recessão nesses últimos três anos, o que refletiu no preço de suas ações. Essa é a leitura que se faz hoje. Agora, a expectativa é que o aumento das vendas, que reflete a valorização das empresas, se concretize. Por isso estamos vendo esse grande movimento de valorização agora", diz Raul dos Santos, presidente do Ibef Ceará.

Para quem quer investir por conta própria, o economista Allisson Martins recomenda que o investidor busque orientação e que esteja ciente da possibilidade de perdas relevantes, principalmente se for precisar do recurso aplicado no curto prazo. "Para evitar grandes sustos, é muito importante montar uma carteira de investimentos, direcionando seus recursos para ações de empresas sólidas, de diferentes setores e segmentos empresariais, de maneira a minimizar os riscos do investimento", afirma.

Uma das possibilidades de investir em empresas sem comprar diretamente as ações em Bolsa são os fundos de investimento em ações, cujo rendimento reflete uma cesta de ações administradas por um gestor e, para isso, cobram uma taxa de administração. "São produtos com características mais arrojadas. Podem ser adquiridos no mercado financeiro conforme o perfil do cliente. Cada fundo tem uma estratégia para alcançar a rentabilidade almejada", diz. 

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