CCEE quer adiar de novo liquidações

Escrito por Redação ,
Legenda: O governo deve fazer novo empréstimo para cobrir gastos das distribuidoras em 2014
Foto: Foto: JL Rosa

São Paulo. O presidente da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE), Luiz Eduardo Barata, defendeu ontem, adiar para o fim de fevereiro, a liquidação financeira de parte dos gastos das distribuidoras no mercado de curto prazo de novembro. Para realizar essas liquidações, da ordem de R$ 1 bilhão, é necessário o governo federal fechar um novo empréstimo com bancos para cobrir gastos de curto prazo, remanescentes das distribuidoras do ano passado e orçados em cerca de R$ 2,5 bilhões.

2º adiamento

Essa liquidação já foi adiada do início de janeiro para a próxima sexta-feira. Na reunião da diretoria nesta terça-feira (27), a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) deverá votar um novo adiamento.

"Eu disse à Aneel que considerava impossível concluir esse processo até o dia 30...Eu acredito que serão necessários de 20 a 30 dias, pelo menos, para ter uma definição", disse. Como em 9 de fevereiro já ocorreria liquidação de operações do mercado de curto prazo, feitas em dezembro, provavelmente a quitação de gastos das distribuidoras também deve ser adiada.

Assim, as duas liquidações devem ser feitas de uma vez, como já ocorreu no ano passado. "Acredito que é isso que nós vamos ter, uma solução que para englobar as liquidações de novembro e dezembro", disse Barata a jornalistas, após evento na sede da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (Unica).Barata disse ainda que não participa de negociações para mudar as condições de pagamento dos empréstimos de R$ 17,8 bilhões, fechados com bancos em 2014, para socorrer o setor elétrico. Segundo ele, o governo já indicou que gastos das distribuidoras no mercado de curto prazo em 2015 não serão cobertos por meio de empréstimos, mas por meio das Bandeiras Tarifárias e revisões extraordinárias de tarifas.

Santo Antônio

Ele disse confiar que a Santo Antônio Energia, responsável pela hidrelétrica, honrará com as obrigações no mercado de energia de curto prazo. A empresa disse que enfrenta problemas de caixa e seus acionistas já autorizaram aportes de recursos emergenciais no passado, para pagar dívidas no mercado de curto prazo.

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