Câmara quer fortalecer e unir cadeia produtiva

Escrito por Redação ,
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Novo órgão deve contribuir para ampliação da produção de uma cultura responsável por 28 mil empregos

A carnaúba, atual quinto produto na pauta de exportações do Ceará, ganhou ontem uma Câmara Setorial, que terá por objetivo unir e fortalecer os elos de sua cadeia produtiva. O novo órgão, lançado pela Agência de Desenvolvimento do Estado do Ceará (Adece), deve contribuir para a ampliação da produção de uma cultura responsável pela geração de 28 mil empregos no Estado.

´A sociedade como um todo não tem conhecimento das potencialidades da carnaúba´, afirma o presidente do Conselho Estadual de Desenvolvimento Econômico (Cede), Ivan Bezerra, ressaltando que o Governo tem todo o interesse em promover o desenvolvimento de sua cadeia produtiva.

Para isso, segundo informa, já foram doados 50 secadores solares para a secagem das folhas da planta. ´Isso vai evitar a perda de até 40% da nossa produção´, diz Bezerra.

De acordo com ele, o mercado externo da tradicional carnaúba é prioritário para o Ceará, uma vez que cerca de 90% de sua produção tem destino internacional, principalmente para países da Europa, Japão e Estados Unidos.

Para o presidente do Sindicato das Indústrias Refinadoras de Cera de Carnaúba no Ceará (Sindicarnaúba/CE), José Fonteles de Moraes, a falta de apoio era o maior gargalo enfrentado pelo setor. ´Agora, acredito que deveremos voltar ao patamar de terceiro produto mais exportado pelo estado. Já que o setor reagiu de 2006 para cá´, ressalta Moraes.

Energia eólica

O presidente da Adece, Antônio Balhmann, que deveria ter comandado a instalação da Câmara Setorial da Carnaúba, não compareceu à solenidade por ter viajado à Brasília. Ele informou, por telefone, que permanece até hoje por lá reforçando, junto ao ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, o pleito do Ceará por um leilão exclusivo para energia eólica. ´Existe o interesse estratégico do Estado para que o leilão aconteça no início de 2009´, explica Balhmann, afirmando, porém, que ainda não sabe volume de energia a ser negociado.
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