Caixa não fará novos contratos

Lançado em 2013, o programa foi colocado à disposição de todos os beneficiários do 'Minha Casa, Minha Vida'

Escrito por Redação ,
Legenda: A CNDL, que representa 1,2 milhão de lojistas no País, estima que o programa injetou R$ 1,4 bilhão no varejo, no ano passado
Foto: FOTO: MIGUEL PORTELA

Brasília. A Caixa Econômica Federal confirmou, ontem (27), a suspensão do Programa Minha Casa Melhor, que facilita a compra de móveis e eletrodomésticos. O banco informou que novas contratações estão sendo discutidas para uma outra fase do programa, mas não informou detalhes, nem prazos. Para os beneficiários que já têm cartão referente a contratos em vigor não haverá mudanças.

"Novas contratações do Minha Casa Melhor estão sendo discutidas no âmbito do programa Minha Casa, Minha Vida fase 3. Os cartões referentes a contratos já realizados continuam operando normalmente", destaca a Caixa, em nota à imprensa.

Lançado em 2013, o programa foi colocado à disposição de todos os beneficiários do programa habitacional "Minha Casa, Minha Vida". Ele facilita a aquisição de bens, conforme as necessidades das famílias. A Caixa oferece a cada beneficiário do programa habitacional do governo, crédito subsidiado de até R$ 5 mil para compra de móveis e eletrodomésticos, a juros de 5%, (0,41% ao mês), ao ano, e prazo de 48 meses para pagamento, bem abaixo dos praticados pelo mercado, segundo dados da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade - Anefac.

Pelo canal oficial de comunicação que mantém com os beneficiários do programa, a atendente da Caixa afirmou que o Minha Casa Melhor está suspenso desde o dia 20 de fevereiro. "A Caixa está reavaliando o programa antes de realizar novas contratações no Brasil inteiro", afirmou a atendente do banco.

Lojistas

O presidente da Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas (CNDL), Honório Pinheiro, lamentou o "congelamento" do programa, por ter certeza que a medida terá impacto no setor varejista. "O Brasil está diante do desafio de fazer funcionar esse novo modelo econômico imposto pelo ministro Joaquim Levy", afirmou.

A CNDL, que representa 1,2 milhão de lojistas, estima que o programa injetou R$ 1,4 bilhão no varejo, em 2014. Segundo o governo, desde o lançamento do programa, os donos dos imóveis do Minha Casa, Minha Vida compraram TV digital, computador, geladeira, fogão e móveis, entre outros produtos, em 28 mil lojas espalhadas pelo País.

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