Cai previsão do consumo de energia

Escrito por Redação ,

São Paulo. O ritmo mais fraco da atividade industrial levou a Empresa de Pesquisa Energética (EPE) a reduzir em 0,8% a estimativa de consumo de eletricidade na rede em 2014. A previsão para o ano foi ajustada de 482.081 GWh para 478.300 GWh, em função principalmente da redução de 2,2% nas estimativas de consumo pela classe Industrial. A EPE também revisou para baixo a projeção de consumo da classe Residencial (-0,5%), mas elevou a previsão de consumo das classes Comercial (+1%) e Outros (+0,1%).

A redução do consumo estimada em aproximadamente 3.800 GWh representa, de acordo com a EPE, a geração anual de uma hidrelétrica com 800 MW, o que equivale a duas vezes a usina de Três Marias, no Rio São Francisco. Ainda segundo a EPE, a revisão das projeções foi elaborada antes da divulgação dos números do PIB do segundo trimestre, ocorrida ontem."A apuração do consumo de eletricidade na rede no 1º semestre e um novo cenário para a economia do País para os últimos seis meses do ano ensejaram a revisão da previsão da demanda de energia elétrica em 2014", justificou a EPE.

A EPE já havia ajustado a projeção de consumo elétrico para 2014, mas inicialmente para cima. Em maio passado, a estimativa de consumo foi elevada de 481.385 GWh para 482.081 GWh, uma elevação de 0,1%. A nova revisão de hoje sinaliza, dessa forma, uma reversão na percepção mais favorável da EPE em um primeiro momento.

Caso confirmada a projeção anunciada nesta sexta-feira, o consumo de energia elétrica crescerá 3,2% em 2014 na comparação com o ano anterior. A previsão divulgada em maio sugeria uma variação positiva de 4% em igual base comparativa.

A EPE aponta que o consumo crescerá 2,7% no segundo semestre. Haverá desaceleração no consumo da classe Residencial, de 7,1% no primeiro semestre para 4,3% no segundo semestre; da classe Comercial, de 8,5% para 5,5%; e da categoria Outros, de 6% para 4,8%. No segmento industrial, por outro lado, a queda de 1,7% do primeiro semestre deve se transformar em uma retração de apenas 0,3% entre julho e dezembro.

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