Cabo de fibra ótica entre CE e África está 50% concluído

A Angola Cables pretende iniciar a instalação do equipamento no 2º semestre

Escrito por Redação ,
Legenda: Com mais de 6.200 quilômetros de extensão, o SACS será o primeiro cabo submarino de fibra ótica que ligará a África às Américas, via Atlântico Sul. Este será o segundo cabo da empresa com conexão em Fortaleza
Foto: Foto: Natinho Rodrigues

Previsto para entrar em operação até o início de 2018, o South Atlantic Cable System (SACS), um dos principais projetos da Angola Cables, está com quase 50% de conclusão. O cabo submarino de fibra ótica ligará Fortaleza a Luanda, capital de Angola. Um dos principais projetos da Angola Cables, o SACS será o segundo cabo da empresa com conexão em Fortaleza e inclui a construção de um Data Center, na Praia do Futuro. Juntos, os três empreendimentos estão orçados em US$ 300 milhões, sendo que o primeiro cabo, o Monet, conta as participações do Google, Algar Telecom e Antel.

Na semana passada, a companhia de telecomunicações angolana concluiu o mapeamento do trajeto e solo onde o SACS será instalado no mar. Segundo Rafael Pistono, CEO da Angola Cables Brasil, após a fabricação do cabo, pela japonesa NEC, seu lançamento no trajeto de Luanda para Fortaleza irá durar cerca de dois meses. A instalação deve começar no segundo semestre. "A gente já sabe por onde o cabo vai passar, e ele deve entrar em operação até o início de 2018. Neste momento, estamos construindo a estação do SACS, na Praia do Futuro", diz Pistono.

De acordo com Clementino Fernando, técnico da Angola Cables, o mapeamento ajuda na escolha dos repetidores de sinal do cabo, assim como na definição da potência de cada um deles. Com extensão superior a 6.200 quilômetros, o SACS será o primeiro cabo de fibra ótica que ligará a África às Américas via o Atlântico Sul.

Data Center

Já o data center (centro de processamento e armazenamento de dados), hoje em construção, a expectativa é de que fique pronto neste ano para começar a operar em 2018. "O data center é algo que temos como prioridade, e funcionará como um data hub", afirma Pistono. A expectativa é que o empreendimento torne Fortaleza um centro de conexões de dados, favorecendo a atração de empresas na área de tecnologia da informação (TI).

Segundo projeções da empresa, o empreendimento deverá gerar cerca de 40 empregos diretos e 800 indiretos até 2030 na Capital. "É a partir de Fortaleza que a Angola Cables pretende expandir o seu negócio no Brasil e no mundo", acrescenta Pistono.

Monet

Em setembro do ano passado, a Capital recebeu o cabo Monet, que liga Santos, Fortaleza e Miami (EUA). "Agora, estamos na fase de construção das três edificações terrestres, que recebem os cabos", afirma CEO da Angola Cables Brasil. As estações devem ficar prontas neste trimestre e o cabo começa a operar no segundo semestre. "Muito provavelmente, no fim deste ano, deve está operando".

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