BNB lucra R$ 158,12 milhões no 1º semestre

O montante representou uma queda de 51,5% em relação a igual período do ano passado

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Redação producaodiario@svm.com.br
Legenda: Foram feitas 2,5 milhões de operações de crédito no valor de R$ 11,4 bilhões, um crescimento de 26,5%, em relação ao primeiro semestre de 2014
Foto: FOTO: ALEX COSTA

Os sinais da crise política e econômica já refletem forte no Nordeste. O Banco do Nordeste (BNB), maior instituição de fomento da economia da Região, registrou lucro líquido no primeiro semestre deste ano, de R$ 158,12 milhões, um pouco menos que a metade, ou mais precisamente 51,5% menor do que os R$ 326,01 milhões de lucratividade líquida anotada em igual período de 2014.

O lucro líquido por ação básico também recuou na mesma proporção, passando de R$ 3,77 em junho do ano passado para R$ 1,83, em 30 de junho último. Os resultados constam nos balanços patrimoniais relativos aos primeiros seis meses de 2015, que o BNB divulga hoje, nos grandes jornais da região. No relatório publicado no Diário do Nordeste, o banco explica que "o desempenho foi influenciado pela elevação das despesas com aprovisionamento de crédito".

FNE

O presidente do BNB, Marcos Holanda, destaca no documento que no período de janeiro a junho deste ano, foram realizadas 2,5 milhões de operações de crédito no valor de R$ 11,4 bilhões, representando crescimento de 26,5%, em relação ao primeiro semestre de 2014. "Desse total, R$ 4,99 bilhões são oriundos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE) e destinaram-se à implantação, expansão e modernização de empreendimentos, em especial, no semiárido e na agricultura familiar", descreve Holanda, no relatório da administração de 2015.

No primeiro semestre, o patrimônio líquido do FNE cresceu 6,4%, atingindo o volume de R$ 56,9 bilhões. Conforme o relatório, esse crescimento foi influenciado fortemente pelo ingresso de recursos do Tesouro Nacional no período, da ordem de R$ 3,52 bilhões. Esse montante demonstra e comprova a força e a importância que o FNE tem para o fomento do setor produtivo do Nordeste neste momento de crise econômica e em que o Ministério da Fazenda sugere o corte de 30% nos recursos dos fundos constitucionais do Nordeste, do Norte e do Centro-Oeste.

Do total de recursos do FNE deste primeiro semestre, R$ 1,07 bilhão, o equivalente a 21,4% dos recursos, foram aplicados no Ceará. Em segundo lugar em aplicações de recurso do Fundo, o setor produtivo baiano aplicou R$ 1,25 bilhão, ou 25,2% dos recursos deste ano. Pernambuco utilizou apenas R$ 447,1 milhões de recursos do FNE, entre janeiro e junho.

Somente a participação no segmento de micro e pequenas empresas (MPEs) o BNB atingiu R$ 1,4 bilhão contratado, o equivalente a 12,28% do total aplicado pelo banco no período, beneficiando 14.059 empreendimentos, número 16% maior do que os contemplados no primeiro semestre de 2014.

Crediamigo

Por meio do Crediamigo foram desembolsados, no intervalo de janeiro a junho de 2015, R$ 3,9 bilhões, montante 18,7% maior do que o realizado no primeiro semestre de 2014. Da mesma forma, o Agroamigo financiou R$ 910,7 milhões, ou 37,18% mais do que os valores contratados nos primeiros seis meses do ano passado. Neste segmento, foram contratadas 222.181 operações de crédito, atingindo uma carteira de cerca de R$ 3 bilhões e de mais de um milhão de clientes. Para atingir esses resultados, o BNB regularizou 50.195 operações, sendo 80% ou 40.296 com o FNE, o que resultou numa recuperação de R$ 826,9 milhões para os cofres do banco. Do total de recursos contratados pelo BNB, 24,3% foram por pequenas empresas, 37,6% por médias e 29,3%, por grandes empreendimentos.

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