Bandeira tarifária verde em junho; taxa extra suspensa

Escrito por Redação ,
Legenda: Desde abril, a bandeira estava vermelha, o que representa um acréscimo de R$ 3 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos
Foto: Foto: Helene Santos

São Paulo. A bandeira tarifária que será aplicada nas contas de luz no mês de junho será a verde, o que significa que não haverá custo extra para o consumidor. Segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), o retorno da bandeira verde foi possível pelo aumento das chuvas nos reservatórios das hidrelétricas em maio e pela perspectiva de redução do consumo de energia elétrica no País.

Desde abril, a bandeira estava vermelha, o que representa um acréscimo de R$ 3 para cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos. A previsão da Aneel era que a bandeira tarifária vermelha patamar 1 continuasse em vigor até o fim do período seco, que vai até novembro.

O sistema de bandeiras tarifárias foi criado no ano de 2015 como forma de recompor os gastos extras com a utilização de energia de usinas termelétricas, que sai mais cara do que a proveniente de hidrelétricas.

A cor da bandeira é impressa na conta de luz (vermelha, amarela ou verde) e indica o custo da energia em função das condições de geração.

Quando chove menos, por exemplo, os reservatórios das hidrelétricas ficam mais vazios e é preciso acionar mais termelétricas para garantir o suprimento de energia. Nesse caso, a bandeira fica amarela ou vermelha.

De acordo com a Aneel, o sistema de bandeiras tarifárias sinaliza o custo real da energia gerada, possibilitando aos consumidores o uso consciente.

Queda no consumo

Entre os dias 1º e 23 de maio, o consumo de energia elétrica no País recuou 0,4% em relação a igual período do ano passado, passando de 58.786 MW médios para 58.557 MW médios, segundo dados preliminares da Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE).

O Ambiente de Contratação Regulado (ACR), no qual os consumidores são atendidos pelas distribuidoras, apresentou queda de 5,4% no consumo, com influência da migração de consumidores para o mercado livre. Sem o efeito das migrações, haveria aumento de 1% no consumo de energia no período.

Já no Ambiente de Contratação Livre (ACL), no qual consumidores compram energia diretamente dos fornecedores, houve aumento de 14,5% no consumo, número que leva em conta o movimento de migração do mercado cativo. Ao desconsiderar esse efeito, o consumo registraria queda de 4% no período.

Dentre os ramos da indústria, incluindo dados de autoprodutores, varejistas, consumidores livres e especiais, as maiores altas no consumo foram do comércio (98,5%), de serviços (79,8%) e de telecomunicações (76,7%).

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