Balança comercial tem déficit de US$ 449,7 mi

O resultado foi fruto de US$ 86,2 milhões exportados e outros US$ 536 milhões produtos importados em julho

Escrito por Redação ,
Legenda: De janeiro a julho de 2016, o Ceará já acumulou US$ 558,9 milhões em exportações e outros US$ 2,71 bilhões em importações
Foto: Foto: Tuno Vieira

Após um resultado completamente atípico em junho, influenciado principalmente pela chegada de equipamentos para a Companhia Siderúrgica do Pecém (CSP), o que fez disparar as importações no período, a balança comercial cearense fechou julho com déficit de US$ 449,7 milhões, bem abaixo do saldo negativo de US$ 1,37 bilhões registrado no mês anterior. O resultado foi fruto de US$ 86,2 milhões exportados pelo Estado e outros US$ 536 milhões produtos importados. Dessa forma, o fluxo financeiro acabou alcançando o patamar de US$ 622,3 milhões.

As informações são do sistema AliceWeb, do Ministério do Desenvolvimento Indústria e Comércio Exterior (Mdic). Na comparação com julho do ano passado, o Ceará apresentou recuo de 3,72% nas exportações, que somaram US$ 89,6 milhões no mesmo período de 2015. As importações, por sua vez, mais que dobraram no mesmo período, passando de US$ 223,9 milhões para os US$ 536 milhões de julho último - crescimento de 139,4%. Neste ano, o Ceará já acumulou US$ 558,9 milhões em exportações e outros US$ 2,71 bilhões em importações.

CSP ainda pesa

Apesar de não ter impactado tão fortemente na balança comercial cearense de julho, os equipamentos para a CSP também influenciaram as importações do Estado no período analisado. Prova disso é que, entre os cinco itens que mais movimentaram o total importado pelo Ceará, quatro têm ligação direta com a siderúrgica localizada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém.

De acordo com o Mdic, o maior destaque entre as importações cearenses de julho foram os conversores para metalurgia, aciaria ou fundição, que movimentaram um montante de US$ 118,2 milhões. Na sequência, informa o AliceWeb, aparecem outras bombas de ar/coifas aspirantes para extração/reciclagem (US$ 117,5 milhões); outras máquinas e aparelhos mecânicos com função própria (US$ 83,1 milhões; outros trigos e misturas de trigo com centeio, exceto para semeadura (US$ 22,7 milhões) e também outros aparelhos elevadores ou transportadores, de ação contínua, para mercadorias (US$ 19,9 milhões).

Entre as exportações de julho, assim como tem ocorrido ao longo dos últimos meses, o desempenho cearense acabou sendo impulsionado, principalmente, pela castanha de caju, além do mercado de couros e peles. O primeiro produto, por exemplo, respondeu por US$ 10,3 milhões de tudo que foi exportado pelo Ceará, enquanto o segundo movimentou US$ 6,68 milhões.

Exportações em 2016

No acumulado do ano, os principais destaques das exportações cearenses são: castanha de caju, fresca ou seca, sem casca (US$ 61,04 milhões); couros e peles, incluindo as tiras, de bovinos, preparados, divididos, com o lado flor (US$ 51,1 milhões); calçados de borracha ou plásticos, com parte superior em tiras ou correias, fixados à sola por pregos, tachas, pinos e semelhantes (US$ 42,9 milhões); outros calçados cobrindo o tornozelo, parte superior de borracha, (US$ 34,5 milhões), além de partes de outros motores/geradores/grupos eletrogeradores, responsáveis por US$ 34,2 milhões.

Brasil

Nacionalmente, a soma das exportações entre janeiro e julho foi de US$ 28,23 bilhões, superior ao valor das importações no mesmo período, resultando, portanto, em um superávit da balança comercial brasileira.

Trata-se do melhor resultado para os sete primeiros meses de um ano desde o início da série histórica, em 1989, ou seja, em 28 anos. Até então, o maior saldo para este período havia sido registrado em 2006: superávit de US$ 25,19 bilhões.

Na parcial de 2016, as exportações somaram US$ 106,58 bilhões, com média diária de US$ 735 milhões (queda de 5,6% sobre o mesmo período do ano passado). As importações do Brasil, por sua vez, somaram US$ 78,35 bilhões, ou US$ 540 milhões por dia útil, uma queda de 27,6% em relação ao mesmo período de 2015, informou recentemente o Mdic.

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