Avicultura diz que incerteza é ameaça

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A situação crítica também se repete no setor de avicultura do Ceará. De acordo com o presidente da Associação Cearense de Avicultura (Aceav), João Jorge Reis, os produtores cearenses já amargam perdas perto de R$ 5 milhões.

"O prejuízo é importante, mas a incerteza que nós estamos tendo da resolução dos problemas, como a falta de segurança jurídica para trabalhar neste País, é o mais amargo. Como se vai produzir numa situação dessa?", questionou Reis.

Obstáculos

Ele considerou a falta de informações um dos piores pontos para a retomada das atividades. "Tem gente que trabalhou a vida toda nisso e hoje se vê ameaçado porque não se toma uma decisão política firme. Não temos um norte de quando vamos poder voltar a trabalhar", afirmou.

Para retomar

O presidente da Aceav também afirmou que a normalidade do setor se dará em até dois anos. "Porque os animais têm um ciclo longo e correm o risco de serem sacrificados. Esse é o problema. As matrizes que são as mães dos frangos vão retomar em dois anos. O setor agropecuário está sendo extremamente impactado", destaca.

Produção

De acordo com ele, são produzidos no Estado do Ceará cerca de 5,5 milhões de ovos diariamente e 5 milhões de quilos de frango por semana. "A cadeia toda é única. Dependemos de milho e soja que vêm de outros estados e a distribuição dos nossos produtos está comprometida", afirma.

Segundo informações do presidente da Aceav, existem dois principais polos de produção de aves no Estado. "Temos um polo importante que fica em Quixadá, no Sertão Central, e outro na Serra da Ibiapaba", relata.

Conforme a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado do Ceará (Faec), o setor de avicultura possui valor bruto de produção de cerca de R$ 523 milhões por ano e corresponde por 33% de toda a produção da pecuária do Estado. (HRN)

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