Atuação da Mallory no País se expande 50%

Para a ampliação de uma fábrica em Maranguape, no ano passado, o grupo investiu R$30 milhões

Escrito por Redação ,
Legenda: No período do verão, a fábrica de Maranguape gera cerca de 700 empregos diretos em virtude da demanda por ventiladores, segundo o diretor geral-comercial do grupo Taurus, Mauro Vega

São Paulo. A ampliação da unidade da Mallory, em Maranguape, com o desenvolvimento do parque fabril, a expansão do centro de distribuição da marca e a criação de um centro administrativo já rendeu um crescimento de 50% na atuação do grupo espanhol Taurus no mercado nacional, segundo revelou o diretor geral-comercial do grupo no Brasil e no Mercosul, Mauro Vegas. Ao todo, foram investidos US$ 30 milhões na reforma que foi concluída em julho de 2013.

"A partir deste investimento podemos duplicar nosso trabalho sem precisar fazer nenhum outro investimento significativo", afirmou o executivo durante a feira de tecnologia e negócios Eletrolar Show 2014, que vai até amanhã no America Expo Center, em São Paulo.

Em menos de um ano, o executivo conta que pôde desenvolver estratégias de aumentar a comercialização da Mallory em todo o Brasil, principalmente no Nordeste, onde disse possuir o principal mercado atualmente - seguido de Sudeste, Centro-Oeste, Norte e Sul.

"Nós temos excelentes relações com o governo estadual. Nosso compromisso lá (no Ceará) é firme e o grupo acredita muito na fabricação no Brasil", ressaltou Mauro Vegas, contando ainda que, com o início do verão, a fábrica opera no máximo devido à demanda por ventiladores, gerando cerca de 700 empregos diretos a partir da unidade cearense.

Produção do CE para a AL

De Maranguape, o diretor Comercial do grupo Taurus contou que produz 60% do mix da Mallory que é vendido no Brasil, no qual figuram liquidificadores, ventiladores, batedeiras e mixers (batedores portáteis de frutas para suco). O restante dos produtos vem de fora e entra no País pelo Porto do Pecém, de onde parte segue para o Centro de Distribuição da empresa e outra vai por cabotagem rumo à região Norte.

Vegas lamenta a infraestrutura portuária do Sul e Sudeste, a qual inviabiliza o envio das cargas por cabotagem, e conta que todas as demais regiões brasileiras e também Argentina, Bolívia, Honduras, Paraguai, Uruguai e Venezuela têm os mercados atendidos via rodovias.

Crescimento de 20% na crise

Perguntado de como a Mallory vivencia o atual momento econômico brasileiro e também enfrenta a concorrência diante dos eletroportáteis importados - assunto mencionado durante a abertura da feira pelo presidente da Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletrodomésticos (Eletros), Lourival Kiçula -, o executivo da empresa garante que "o mercado está sendo difícil, mas a Mallory possui um projeto de crescimento e está com expectativas boas".

"Estamos com um crescimento acima de 20% neste ano e não podemos reclamar", afirma, voltando a mencionar os US$ 30 milhões de investimento programado desde 2011 pelo grupo Taurus no Brasil.

Potencial do Nordeste

Ele ainda disse confiar na manutenção do desenvolvimento da região Nordeste semelhante aos anos anteriores, principalmente devido à chegada "das indústrias por lá, gerando emprego e consequentemente renda". Na análise de Vegas, esse cenário faz com que ele tenha nos nordestinos o público alvo da Mallory nos próximos anos, mantendo a região como principal mercado consumidor.

"Nós investimos na variedade de produtos e estamos lançando itens mais sofisticados porque a incorporação do consumo destes artigos pelos nordestinos é uma realidade", finaliza.

Armando de Oliveira Lima*
Repórter

*O jornalista viajou a convite da Eletrolar Show

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