Arrecadação sobe 3%, diz Receita

Escrito por Redação ,

Brasília. A arrecadação de impostos e contribuições federais somou R$ 104,100 bilhões em junho, um aumento real (já descontada a inflação) de 3% na comparação com o mesmo mês de 2016. Em relação a maio deste ano, houve aumento de 6,8%.

O valor arrecadado foi o melhor desempenho para meses de junho desde 2015. O melhor junho dos últimos dois anos fez com que a arrecadação acumulada no primeiro semestre também chegasse ao melhor desempenho para o período desde 2015. Entre janeiro e junho deste ano, a arrecadação federal somou R$ 648,584 bilhões, o melhor desempenho para o período desde 2015. O montante representa alta real de 0,77% na comparação com igual período do ano passado.

Em junho, houve queda nas receitas administradas por outros órgãos que não o Fisco, principalmente royalties, que somaram R$ 1,778 (-6,09%). No ano, porém, essas receitas cresceram 53,34%. A arrecadação das receitas administradas, que excluem os royalties, caiu 0,20%.

Desonerações

As desonerações concedidas pelo governo federal resultaram em uma renúncia fiscal de R$ 42,212 bilhões entre janeiro e junho deste ano, valor menor do que em igual período do ano passado, quando ficou em R$ 45,498 bilhões. Apenas no mês de junho, as desonerações totalizaram R$ 7,035 bilhões, também abaixo do registrado em junho do ano passado (R$ 7,604 bilhões). Só a desoneração da folha de pagamentos custou aos cofres federais R$ 1,207 bilhão em junho e R$ 7,242 bilhões no acumulado do ano. Em março, o governo anunciou o fim da desoneração da folha para cerca de 50 setores a partir de julho.

O relatório aprovado na Comissão Mista da Medida Provisória 774 adia a medida para janeiro de 2018, mas ainda não chegou a ser aprovado pelo Congresso Nacional.

Refis

A arrecadação com o Programa de Regularização Tributária (Refis) somou R$ 1,940 bilhão de janeiro a junho deste ano, de acordo com dados divulgados pela Receita Federal ontem, 19. Em junho, o valor recolhido foi de R$ 259 milhões. O novo Refis está em vigor por medida provisória desde janeiro, mas passa por diversas modificações no Congresso. A Receita deverá recomendar o veto caso as mudanças sejam mantidas na votação na Câmara e no Senado.

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