Área Ecológica Eólica deve ficar pronta em 3 anos

Escrito por Redação ,
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Ideia é dar 1º passo para a desburocratização na instalação de novos projetos no setor de energia limpa no Estado

Em busca de recuperar o "terreno perdido" nos últimos leilões para os estados vizinhos, em especial, o Rio Grande do Norte, a Câmara Setorial de Eólica do Ceará (CSE), criada com o objetivo de identificar os gargalos do setor no Estado e também apontar soluções, reuniu-se na sexta-feira passada, na sede da Agência de Desenvolvimento do Estado (Adece), com autoridades ambientais e do governo para discutir a criação das Áreas Ecológicas Eólicas (AEE).

O objetivo dessa ação é facilitar a vinda de investidores estrangeiros interessados em aplicar recursos em energia renovável no Estado. "Queremos tornar o Ceará mais competitivo já que, reconhecidamente, temos potencial eólico superior aos dos nossos concorrentes", contou o primeiro secretário da CSE, Fernando Alves Ximenes, a instalação desses "distritos" eólicos são essenciais como um primeiro passo para abrigar investimentos no setor. "A ideia já tem o apoio consolidado do Ibama, da Semace e do Conpam. Esses encontros têm servido para isso",contou.

Segundo ele, duas áreas estão sendo estudadas para serem consideradas as primeiras AEEs regulamentadas no Estado. A primeira e maior delas ficaria localizada no litoral (off-shore) de quatro municípios. Entre Caucaia e Acaraú. "Seriam 23 módulos ou lotes espalhados A maior parte em Caucaia. Nesse caso, já existe um estudo realizado há cinco anos, que mostra a viabilidade desse investimento", informou Ximenes.

On-shore

Paralelamente a essa área, existe outra, só que no Município de Caucaia (on-shore), que está sendo avaliada, de acordo com o representante da Associação dos Municípios e Prefeitos do Ceará (Aprece) na Câmara Setorial e também secretário de Desenvolvimento Econômico de Caucaia, Elizeu Sousa dos Santos. "Seria a 1ª área de instalação de parques eólicos no Ceará on-shore sem ficar em dunas", disse, evitando falar o local exato para evitar problemas futuros com supervalorizações de imóveis. "Posso adiantar que é na região setentrional do município. Já vi vários empreendimentos deixarem de vir para cá por conta da especulação imobiliária", comentou.

Segundo ele, o governador Cid Gomes já destacou no último encontro com os representantes do setor, quando recebeu as principais queixas da Câmara Setorial, que para criar as AEEs seria necessária a anuência dos municípios. "No nosso caso, o prefeito Washington Góes já garantiu total apoio. Vamos contribuir com o que for possível para trazer os projetos na área de energia limpa para o município", pontuou Santos.

ILO SANTIAGO JR.
REPÓRTER
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