Após 31 dias, bancários do CE encerram a greve

Agências dos bancos públicos e privados funcionam a partir de hoje normalmente, segundo Seeb-CE

Escrito por Redação ,
Legenda: Assembleia realizada na noite de ontem optou pela aceitação das propostas da Fenaban e o retorno das atividades normais nos bancos hoje
Foto: FOTO: THIAGO GADELHA

Após 31 dias de paralisação, a greve dos bancários chegou ao fim no estado do Ceará. A definição foi estabelecida em assembleia realizada pela categoria na sede do Sindicato dos Bancários do Estado do Ceará (Seeb-CE), em Fortaleza na noite de ontem. A partir de hoje, as agências dos bancos públicos e privados estarão funcionando normalmente, segundo o Seeb-CE.

Em reunião com o Comando Nacional dos Bancários na noite da quarta-feira (5), a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) propôs um reajuste nominal de 8% nos salários e abono de R$ 3,5 mil. Trabalhadores do Banco do Brasil, da Caixa Econômica Federal e do Banco do Nordeste também receberam propostas específicas. Após quarta-feira, o Comando Nacional recomendou que a categoria, em assembleias locais realizadas ontem, aceitasse a proposta e decretasse o fim da paralisação.

Na assembleia realizada ontem em Fortaleza, os trabalhadores Caixa Econômica Federal foram os últimos a se decidir. A aceitação das propostas e o fim da greve veio da contabilização de cada um dos votos dos bancários presentes. Foram 161pelo encerramento da paralisação e 122 contra.

Propostas

Além do reajuste e do abono, a proposta acatada inclui reajuste de 10% no vale refeição e no auxílio creche-babá e 15% para o vale alimentação.

Ainda segundo a proposta da Fenaban acatada pelos bancários, em 2017 haverá a correção integral no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado, com aumento real de 1% em todos os salários e demais verbas.

Os grevistas reivindicavam reajuste salarial de 14,78%, sendo 5% de aumento real, considerando uma inflação acumulada de 9,31%. Além disso, os bancários queriam R$ 8.297,61 em participação nos lucros e resultados, além da fixação do piso salarial em R$ 3.940,24.

Transtornos

A greve no Ceará já causou muita "dor de cabeça" aos clientes bancários, que tiveram lidar com o comprometimento ou a suspensão de serviços como saques e pagamentos na boca do caixas das agências.

Diante da situação, agências do Centro de Fortaleza estiveram lotadas na última segunda-feira (3), primeiro dia útil do mês. Os clientes, boa parte deles idosos, chegaram a esperar mais de duas horas em filas para realizar operações financeiras em caixas eletrônicos, como noticiou o Diário do Nordeste.

No 31ª dia de paralisação no Estado, realizada ontem, estiveram fechadas 432 das 562 existentes. O número representa 77% do total no Ceará, segundo balanço do Seeb-CE.

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