Aeroporto de Fortaleza exerce influência sobre 173 cidades

Pinto Martins é o oitavo no País neste indicador, segundo a pesquisa 'O Brasil que voa', divulgada ontem

Escrito por Armando de Oliveira Lima - Repórter ,
Legenda: O trecho SP-CE é o de maior fluxo do Pinto Martins, com 2,1 mi de pessoas
Foto: Foto: Bruno Gomes

Responsável por administrar o tráfego de 52,6 mil aeronaves e a movimentação de 6,4 milhões de passageiros, o Aeroporto Internacional Pinto Martins exerce influência sobre 173 municípios, segundo apontou o estudo "o Brasil que voa", elaborado pela Secretaria de Aviação Civil (SAC). O número de cidades coloca o terminal de Fortaleza como o oitavo mais influente do País - e o terceiro do Nordeste, abaixo apenas de Salvador (202) e Recife (196).

> Voos diretos: mais de 250 municípios têm potencial

Na busca de medir a matriz aérea nacional a partir da investigação de 65 aeroportos - nos quais estão incluídos todos os aeroportos de capitais -, o estudo divulgado ontem, inevitavelmente, evidenciou o potencial do Aeroporto de Fortaleza e as duas outras cidades que também querem abrigar o centro de conexões de voos (hub) da TAM.

O equipamento é disputado com os terminais de Recife e Natal. Equiparadas, as capitais de Ceará e Pernambuco apresentam perfil semelhante, enquanto a capital do Rio Grande do Norte tem números menores.

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Dentre as cidades influenciadas pelo Pinto Martins, Fortaleza, Sobral e Caucaia são responsáveis tanto por fornecer, quanto por receber a maioria dos passageiros do aeroporto. Respectivamente, cada uma movimenta 5,7 milhões, 79 mil e 51 mil passageiros. Desta lista, ainda entra uma cidade do Rio Grande do Norte. Mossoró, na divisa com Icapuí, no Ceará, fornece ou recebe 46,2 mil passageiros do aeroporto localizado em Fortaleza.

Ainda figuram nesta lista Jijoca de Jericoacoara (38,3 mil), Crateús (32,5 mil), Aracati (29,3 mil), Juazeiro do Norte (29 mil), São Benedito (24,2 mil), Quixadá (23,5 mil).

De onde vêm os passageiros

Ao compilar as 150 mil entrevistas, a pesquisa "o Brasil que voa" evidenciou algo já conhecido pelo setor de aviação e, principalmente, pelo turístico: o Ceará é, prioritariamente, um destino, e o nono maior fluxo de passageiros do País é o trecho São Paulo-Ceará, que movimenta 2,1 milhões de passageiros.

Outro estado do Sudeste que envia 1,1 milhão de pessoas para cidades cearenses é o Rio de Janeiro. O trecho é o 22º maior fluxo do País.

O Ceará, conforme a pesquisa, só figura como ponto de partida de um dos maiores fluxos do País na 63ª posição, ao enviar 341,3 mil pessoas para a Bahia. A pesquisa ainda informou que, dentre as cidades sem voo direto para Fortaleza ou Juazeiro do Norte, a de maior fluxo é Curitiba (80,9 mil pessoas).

Mercado aéreo

Em tempos nos quais a aviação regional é destacada em programas recentes do governo federal, o Ceará possui, segundo indicou a investigação da própria Secretaria de Aviação Civil, dez municípios com mercado aéreo em potencial.

Caucaia - alvo de estudos de um novo aeroporto pelo governo estadual há quase dez anos - e Sobral - que já possui um terminal ativo - foram as cidades que apresentaram 85% de potencial - índice máximo exibido na pesquisa da SAC.

Aracati, Crato e Jijoca de Jericoacoara foram as cidades que mostraram potencial de 70% para o setor aéreo - o segundo maior identificado.

Já Crateús, Iguatu, Ipu, Quixadá e São Benedito tiveram potencial de 50% evidenciados pela pesquisa "o Brasil que voa", divulgada ontem.

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