81% no País são contra o aumento de impostos

Considerando o elevado patamar de impostos pagos no País, 90% dizem que os serviços deveriam ser melhores

Escrito por Redação ,
Legenda: Robson Braga: "A população prefere que o governo melhore a eficiência do gasto em vez de elevar impostos. Ampliar a eficiência não é suficiente"
Foto: FOTO: KID JÚNIOR

São Paulo. O governo já arrecada muito e não precisa aumentar impostos para melhorar os serviços públicos. A avaliação é de 81% dos brasileiros, segundo pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria), em parceria com o Ibope, divulgada ontem. O percentual que considera os impostos no Brasil muito elevados passou de 44%, em 2010, para 65%, em 2016.

Os que consideram que os impostos vêm aumentando muito subiram de 43% em 2010 para 83% neste ano. Além disso, 70% concordam que a baixa qualidade dos serviços públicos é mais consequência da má utilização dos recursos do que da falta deles. Para 84% dos entrevistados, os impostos no Brasil são elevados ou muito elevados e 73% são contra o retorno da CPMF (Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira).

Serviços públicos

Considerado o elevado patamar de impostos pagos no País, 90% dizem que os serviços deveriam ser melhores. Em 2013, a fatia era de 83%, e em 2010, de 81%. A saúde e a segurança têm as piores avaliações entre 13 serviços analisados. Os que tiveram a melhor avaliação, diz a pesquisa, foram o fornecimento de energia elétrica e os Correios.

"As pessoas percebem que o governo arrecada muito com tributos e que o que volta para a sociedade não é de qualidade. A população prefere que o governo melhore a eficiência do gasto público em vez de aumentar ou criar impostos. Aumentar a eficiência é possível, mas não é suficiente. Nesse momento, é importante promover um debate que informe à sociedade a situação das contas do governo e explique a necessidade de reformas urgentes, como a da Previdência", afirma o presidente da CNI, Robson Braga de Andrade.

Contas públicas

Para 80% dos entrevistados, o governo deve reduzir as despesas atuais para diminuir os déficits orçamentários e 59% consideram que os gastos públicos subiram muito nos últimos anos.

Entre os que recomendam o corte de gastos, a prioridade deve ser reduzir o custeio da máquina pública e os salários dos funcionários públicos, na opinião de 32% e 22%, respectivamente.

A pesquisa apurou ainda que 83% consideram que os recursos federais são mal utilizados ou muito mal utilizados pelo presidente da República e seus ministros. O percentual cai para 73% quando se analisa o orçamento estadual e para 70% quanto se verifica o municipal.

PRINCIPAIS DADOS

- 65% dos contribuintes consideram os impostos no Brasil muito elevados. Em 2010, esse percentual era de 44%;

- 83% dizem que os impostos vêm aumentando muito. Esse percentual era de 43% em 2010;

- 70% concordam que a baixa qualidade dos serviços públicos é mais consequência da má utilização dos recursos do que da falta deles;

- 73% das pessoas entrevistadas são contra o retorno da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF);

- 90% dizem que os serviços deveriam ser melhores.

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