39% estão felizes com a ocupação profissional atual

Pesquisa da Etalent e Catho revela também que o grau de satisfação no emprego no País é de 61,3 pontos

Escrito por Redação ,
Legenda: Nordeste, Norte e o Centro-Oeste registraram o maior índice de satisfação com o trabalho, com 64,4 pontos
Foto: FOTO: TUNO VIEIRA

Felicidade e satisfação no trabalho motivam o profissional a crescer na carreira e impulsionam a produtividade das empresas. Pesquisa sobre Felicidade no Trabalho e Otimismo Profissional, realizada pela Etalent, com apoio da Catho, revela que 39% dos brasileiros declaram-se felizes em sua atual ocupação profissional e que o grau de satisfação no trabalho por parte dos brasileiros, em uma escala de 0 a 100, atingiu 61,3 pontos.

Para o economista Alex Araújo, o resultado é natural neste momento de instabilidade econômica no País. "As pessoas ficam menos tentadas a buscar novos postos de trabalho com melhores remunerações ou com atividades que gostem mais, porque têm receio de deixar seu emprego", disse.

Liderança

O Nordeste, juntamente com o Norte e o Centro-Oeste, registrou o maior índice de satisfação com o trabalho, com 64,4 pontos. O Sudeste, por sua vez, aparece como a região menos satisfeita, com 60,4 pontos, abaixo da média nacional. "Nós tivemos um período de bonança no País, durante a ultima década, o que ocasionou grande expansão do mercado de trabalho justamente nessas regiões (Nordeste, Norte e Centro-Oeste)", disse Alex Araújo.

"Talvez essa memória do emprego estável esteja mais viva na mente dos trabalhadores dessas regiões, diferentemente do Sudeste, que tem um mercado de trabalho mais maduro".

Ele ressalta que, no Nordeste, o setor de serviços é forte e está resistente à crise, enquanto, no Sudeste, esse setor teve uma piora relativa, contribuindo para aumentar a pressão sobre o trabalhador. Araújo destaca, ainda, que "na região Sudeste, os serviços ligados à indústria têm sofrido mais os impactos da recessão".

Salários

Outro ponto tratado na pesquisa é o nível mais alto de satisfação de profissionais com remunerações maiores. Segundo os dados, a média de satisfação dos profissionais que recebem abaixo de R$ 2 mil é de 58,5 pontos, enquanto quem recebe acima desse valor tem satisfação de 62,4 pontos. "Aspectos como as oportunidades de desenvolvimento, o ambiente, a rotina de trabalho, relacionamento com colegas e gestores, além da remuneração são os principais componentes da satisfação do profissional", afirma Murilo Cavellucci, diretor de Gestão da Catho.

A pesquisa foi realizada com base em 10.893 entrevistas, via questionário eletrônico, entre os dias 19 e 29 de agosto de 2015.

Satisfação com a vida

Uma pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) também indica que a atual crise econômica vem afetando o bem-estar dos brasileiros. O Índice de Satisfação com a Vida, calculado pela entidade, caiu 1,8% em setembro, ante junho e alcançou 93,9 pontos, nível mais baixo em dezesseis anos, desde março de 1999, quando o indicador começou a ser calculado.

O resultado de setembro foi 9,5% inferior ao do mesmo período de 2014.O Índice do Medo do Desemprego, por sua vez, teve nova alta em setembro, subindo 1,7% em relação a junho, e 37,5%, na comparação com setembro de 2014. O medo do desemprego, que ficou em 105,9 pontos, é o maior desde setembro de 1999.

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