1,2 mil imóveis foram comercializados na RMF

Volume verificado entre janeiro e julho deste ano é 14% menor que em igual período de 2017, segundo pesquisa

Escrito por Redação ,
Legenda: Setor espera resultados melhores nas vendas no segundo semestre deste ano, período que, historicamente, é mais favorável aos negócios
Foto: FOTO: FABIANE DE PAULA

O mercado imobiliário da Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) ainda apresenta dificuldades para recuperar o volume de vendas. Nos primeiros sete meses do ano, a localidade vendeu 1.212 imóveis, o que representa uma redução de 14% em relação a igual período do ano passado. O resultado foi constatado na pesquisa Flash Imobiliário, elaborada pela Lopes Immobilis e desconsidera as unidades residenciais adquiridas através do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV).

O sócio-diretor executivo da Lopes Immobilis, Ricardo Bezerra, admite que o setor tem trilhado um caminho diferente do que era esperado. "Nossa expectativa era que tivéssemos um ano melhor que 2017. Em janeiro e fevereiro até tivemos bons resultados, mas a partir de março começou a cair, de modo que fechamos esses primeiros sete meses com vendas 14% abaixo que o ano passado", afirma.

Neste período de janeiro a julho, a Região Metropolitana de Fortaleza vem apresentando redução nas vendas desde o ano de 2016. Em 2015, de acordo com a pesquisa, foram vendidos 2.646 imóveis, número que passou para 1.586 no ano seguinte, queda de 40%. Em 2017, houve nova retração de 11%, saindo de 1.586 unidades vendidas para 1.415, até chegar aos atuais 1.212 (-14%).

Em termos de valores movimentados, o Valor Geral de Vendas (VGV) também registrou patamares inferiores a anos anteriores. Nos primeiros sete meses de 2018, as vendas injetaram R$ 823 milhões contra R$ 1,027 bilhão no ano passado. Em 2015, esse montante chegava a R$ 1,35 bilhão.

Desafios

Para Ricardo Bezerra, a maior dificuldade a ser enfrentada pelo mercado imobiliário hoje são os distratos, ou seja, as desistências de compra. "É quando a pessoa fecha o negócios, mas depois devolve o imóvel. Isso faz com que nosso estoque não baixe", explica. De janeiro a julho, a RMF teve 458 distratos, 12% a mais que em igual período do ano passado (410). Somente em julho, foram 63 devoluções.

Ele destaca que a Parangaba foi a localidade com a maior proporção entre distratos e estoque. "O Guararapes é o bairro que teve o maior volume de distratos (103 de janeiro a julho), mas é também onde temos vendido mais (33 unidades somente em julho). Ao mesmo tempo, o Meirelles é um dos locais com menor número de devoluções no acumulado do ano, somente 11 de janeiro a julho".

As desistências são maiores entre os imóveis na faixa de preço média, que vai de R$ 350 mil a R$ 699 mil. Os distratos nesse segmento somam 257 até julho. Já na análise por tamanho de área privada, destacam-se as unidades que têm entre 50 metros quadrados (m²) e 69 m², com 146 devoluções.

Segundo semestre

A expectativa do setor é que haja uma mudança significativa nestes últimos meses do ano. "Historicamente, o segundo semestre do ano é sempre melhor que o primeiro. Nós estamos com esperança de que, a partir deste mês, as coisas melhorem e que cheguemos em dezembro com números superiores aos de 2017", finaliza o sócio-diretor executivo da Lopes Immobilis.

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