Desafio é chegar ao pódio

O título mundial, conquistado de forma inédita pela seleção feminina de handebol brasileira, em 2013, impressionou o mundo e trouxe uma nova esperança em termos de conquista de uma medalha olímpica para o País nos Jogos Rio 2016. >Posição de goleiro requer estratégia no momento certo Assim como as meninas, o selecionado masculino também cresceu de produção. Embora não tenha conseguido chegar às finais, demonstrou força nas duas últimas competições que disputou, perdendo nos jogos eliminatórios, de forma apertada, para grandes equipes do cenário mundial como Rússia (27 a 26) e Croácia (26 a 25). Estava nítido que o trabalho desenvolvido pelos treinadores Morten Soubak e Jordi Ribera, respectivamente, estava no caminho certo e que o Brasil estava a caminho do pódio. Mas um detalhe pode ser crucial para interromper este sonho: a falta de estrutura para os treinamentos. O próprio Morten Soubak criticou a falta de investimento nas categorias de base do handebol brasileiro logo depois da eliminação no Mundial de 2015. Na oportunidade, o treinador citou que havia um ano e meio as seleções júnior e juvenil estavam sem atividades, demonstrando que, de certa forma, isso preocupava e colaborava de forma negativa para o não-desenvolvimento do esporte no Brasil. Empatia Embora o técnico da seleção feminina tenha demonstrado insatisfação no fim do último ano, é inegável que o handebol conquistou o coração dos brasileiros nos quatro cantos do País. De acordo com o comentarista dos canais ESPN, Carlos Alberto de Simone, um ponto a ser destacado é a quantidade de jogadoras reveladas na última safra foi muito boa, sendo todas de um excelente nível técnico. Outro detalhe importante, segundo o comentarista, é que "a partir do ano 2000, a mídia se envolveu mais e essas jogadoras tiveram uma melhor condição de treinamento. Além disso, mais pessoas começaram a jogar e a Confederação Brasileira teve a sua parcela de colaboração, exportando jogadoras, fazendo contratos com equipes europeias e, com isso, diminuindo a deficiência que se tinha, do intercâmbio internacional. Isso acabou ajudando muito", ressalta. De olho Em termos de olimpíadas, podemos dividir o handebol brasileiro em duas etapas. No lado masculino, a seleção demonstra, a cada competição, que está evoluindo e determinada a chegar cada vez mais longe. Do outro lado, as meninas querem cravar de vez o nome na história do handebol, repetindo o feito de 2013 e aproveitando, é claro, o apoio do torcedor brasileiro, que estará mais perto e vibrando ponto a ponto, em casa ou nas arquibancadas. OPINIÃO DO ESPECIALISTA 'De 2013 para cá, houve uma certa estagnação' Carlos Alberto de Simone Comentarista dos canais ESPN O Brasil teve, especificamente em 2013, a ajuda do Morten Soubak. Ele era também o treinador do Hypo, da Dinamarca, que contava com sete jogadoras da seleção brasileira antes da competição (Mundial) acontecer. Isso fez com que a seleção chegasse na melhor condição possível. Dali para diante houve uma certa estagnação. A renovação acabou não acontecendo e, se em 2013 a seleção estava madura, no ponto certo, agora, em 2016, já é uma seleção um pouco ultrapassada. O treinamento para este ano acabou não sendo o adequado. Para as olimpíadas, acho que temos condições de conseguir uma boa classificação e brigar por medalha. Acho difícil ser campeão olímpico, mas temos boas chances de brigar por uma medalha. Comando técnico Gringos a serviço do Brasil Jordi Ribera Técnico espanhol, que comandou a seleção masculina nas Olimpíadas de Pequim, em 2008, está de volta com a missão de recuperar o prestígio do Brasil na competição, já que os homens não conseguiram sequer a classificação para Londres, em 2012. O retorno de Jordi é ressaltado pelo presidente da Confederação Brasileira de Handebol (CBHb), Manoel Luiz Oliveira. De acordo com ele, a entidade recebeu várias sondagens de técnicos de outras partes do mundo, mas preferiu apostar novamente no espanhol, que fez um excelente trabalho em sua primeira passagem. Morten Soubak Sob comando do treinador dinamarquês, a seleção feminina fez história não só nos Jogos Olímpicos, onde conquistou um inédito sexto lugar na edição de Londres 2012 (melhor colocação na história do handebol brasileiro) como também no Mundial da categoria, na Sérvia, no qual realizou campanha histórica e faturou o título em 2013. Apesar de estar no comando de uma equipe considerada favorita ao Ouro nos jogos Rio 2016, especialmente por jogar em casa, Morten admite que a seleção feminina não está à frente das demais potências do handebol mundial e a competição não tem candidato certo ao lugar mais alto do pódio. Fique por dentro Sorteio O sorteio dos grupos para os Jogos Olímpicos será realizado no Rio de Janeiro no próximo dia 29. A grande surpresa do lado masculino, que chamou atenção na definição das últimas vagas do continente europeu, foi a Espanha, campeã mundial em 2013, que não obteve classificação e está fora dos Jogos Rio 2016. O País é, inclusive, conhecido mundialmente por ter grande tradição na modalidade. A equipe disputou duas vagas com Eslovênia, Iran e Suécia e acabou sendo superada pelos dois últimos. Do lado sul-americano, Brasil (anfitrião) e Argentina já estavam garantidos. Favoritos A seleção francesa masculina é uma das forças que estarão presentes nos Jogos Olímpicos Rio 2016. O país conquistou, nos últimos quatro anos, a marca de dois mundiais e um campeonato europeu, além de chegar ao lugar mais alto do pódio em Londres 2012, conquistando o bicampeonato olímpico. Já pelo lado feminino, olhos bem atentos para dois selecionados. Apesar de ser considerada favorita ao ouro, principalmente por ter conquistado o Mundial em 2013 e vir com a mesma base para as Olimpíadas, o Brasil terá que superar uma das escolas mais fortes do handebol mundial, que é a seleção da Noruega. Atuais bicampeãs olímpicas, as europeias vem com tudo em busca do terceiro ouro seguido.

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Desafio é chegar ao pódio

Após conquistas importantes e evolução em território nacional, handebol brasileiro trava luta diária para se manter entre os melhores do mundo e conquistar medalha nos jogos Rio 2016, o que seria um feito histórico para o País nas Olimpíadas

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